sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Deterioração da camada de ozono diminuiu em 2012


ONU acredita que restrição da emissão de substâncias nocivas
conseguiu travar a destruição da camada



A deterioração da camada de ozono sobre a Antárctida, que protege a Terra dos raios ultravioletas, será mais pequena este ano do que o ano passado. Os dados são da Organização das Nações Unidas, que acredita que “a restrição da emissão de substâncias nocivas conseguiu travar a destruição da camada”.



No entanto, “o buraco é maior do que em 2010 e ainda falta muito para a sua completa recuperação”. A assinatura do Protocolo de Montreal, há 25 anos, que visava eliminar gradualmente os produtos químicos que deterioram a camada de ozono, “ajudou a evitar milhões de casos de cancro da pele e cataratas assim como os efeitos nocivos sobre o meio ambiente”.
“As condições de temperatura e a magnitude das nuvens estratosféricas polares este ano indicam que o grau de perda da camada será menor do que em 2011 mas, provavelmente, maior do que em 2010”, diz a Organização Meteorológica Mundial (OMM) em comunicado. O buraco sobre a Antárctica mede, actualmente, 19 milhões de quilómetros quadrados.
Os clorofluorocarbonetos (CFC), compostos agora proibidos em diversos países, foram utilizados como aerossóis e gases para refrigeração, sendo os principais responsáveis pela deterioração da camada de ozono. Serão necessárias várias décadas para conseguir que a sua concentração volte aos níveis prévios à década de 1980, diz a OMM.
A ONU considera que o Protocolo de Montreal foi um “grande êxito”, tendo evitado “um maior desastre ambiental e feito com que a deterioração da camada diminuísse”.

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 Camada de ozono, é a região da Terra, localizada na estratosfera, onde se concentra altas quantidades de ozônio. Localizado entre 15 e 35 quilómetros de altitude e com cerca de 10 km de espessura, contém aproximadamente 90% do ozônio atmosférico.


A camada de ozono forma-se e destrói-se por fenómenos naturais, mantendo um equilíbrio dinâmico, não tendo sempre a mesma espessura. A espessura da camada pode assim alterar-se naturalmente ao longo das estações do ano e até de ano para ano. Sobre a formação, o ozono estratosférico forma-se geralmente quando algum tipo de radiação ou descarga eléctrica separa os dois átomos da molécula de oxigénio (O2), que então se podem recombinar individualmente com outras moléculas de oxigénio para formar ozono (O3). Curiosamente, a radiação ultravioleta também contribui para a formação de ozono.